Categoria: Tecnologia e Indústria

10 empresas portuguesas de TI que fecharam em 2019

Pelo terceiro ano consecutivo vamos dar a conhecer empresas de TI que fecharam no ano transacto em Portugal.

Os anos anteriores destacaram-se negativamente pelo encerramento de várias startups portuguesas conhecidas. Em 2017 e 2018 fecharam empresas como a Kinematix, Movvo, Chic by Choice, CoolFarm ou Musikki.

Por sua vez em 2019 a lista conta maioritariamente com aquisições. Mas também com o fecho de escritórios internacionais localizados em Portugal.

 

Logotipo da Zalando

Em 2018, a Zalando, uma multinacional germânica de comércio electrónico de vestuário, abriu uma sucursal com toda a pompa e circunstância na Avenida da Liberdade. Investiu 3 milhões no centro tecnológico português mas em 2019 decidiu terminar operações em Portugal.

Alegadas divergências entre a sede alemã e a equipa de gestão de Lisboa motivaram o encerramento. Segundo fontes oficiais as dificuldades de recrutamento de profissionais de TI também contribuíram para este desfecho.

 

Logotipo da MyCujoo

A MyCujoo é uma startup fundada por portugueses mas que tem a sede na Holanda. Caracteriza-se pela transmissão ao vivo de eventos desportivos de segunda linha. Falo nomeadamente de jogos relativos a divisões inferiores.

Depois de em 2018 ter aberto um centro de operações em Lisboa em 2019 fechou-o e despediu toda gente. Tivemos conhecimento através das reviews de ex-funcionários que fechou por "por falta de dinheiro para manter a estrutura actual".

 

Logotipo da Privatair

Empresa aérea com sede na Suíça que chegou a ter mais de 400 funcionários. A Privatair tinha o negócio assente no aluguer de aviões de passageiros para Classe Executiva.

Em Portugal dispunha de uma parte de serviços administrativos e tecnológicos. Em 2019 deu entrada com um processo de insolvência nos tribunais suíços.

 

Logotipo da PingPost

A PingPost era uma empresa fundada em 2006 que entrou em processo de insolvência em Novembro de 2019. Dispunha de um vasto leque de serviços desde telecomunicações, a serviços IT, passando por também fazer exames de certificação.

Segundo uma review no Teamlyzer "não preparou os trabalhadores para uma futura insolvência e avisou sobre o mesmo dias antes da abertura do processo".

 

Logotipo da Flaner

A Flaner era uma startup portuguesa com o portfólio composto por soluções em inteligência artificial e machine learning.

Em 2019 a Gympass, uma startup brasileira que promove um estilo de actividade física para funcionários de empresas, decidiu comprá-la para assim criar o seu primeiro hub tecnológico em Portugal.

 

Logotipo da VentureOak

A VentureOak era uma startup do Porto que já tinha como principal cliente a Xing. Esta multinacional alemã tem uma plataforma idêntica ao Linkedin.

Quando abriu a sucursal portuguesa, naturalmente, integrou a maior parte da equipa da Venture Oak em empresas do grupo Xing. A própria Xing está numa fase de rebrand para a marca New Work.

 

Logotipo da Stepvalue

A Stepvalue era uma agência de marketing digital portuguesa fundada em 2007. No ano de 2018 foi comprada pela multinacional Ernst & Young e em 2019 acabou por ser liquidada.

A equipa de 12 pessoas da Stepvalue foi integrada na área de "advisory" da multinacional sediada no Reino unido.

 

Logotipo da iClio

A iClio, também conhecida por jitttravel, criou uma plataforma que possibilitava ter um guia turístico virtual. O enfoque seria dado a conteúdos nas áreas da história, património e cultura. Começou por ser um serviço b2c e mais tarde fez o pivot para o segmento b2b.

Apesar do investimento da Portugal Ventures, e de diversos Business Angels, não evitaria em Dezembro de 2019 a dissolução e liquidação.

Ficou ainda conhecida por ter como voz o Rui Unas e por ter ganho diversos prémios de Empreendedorismo.

 

Logotipo da MeiosTec

A MeiosTec passou por diversos processos de revitalização até acabar por ser liquidada em 2019.

Foi uma empresa portuguesa importante na área das tecnologia de informação entre os anos 2000 a 2010. Tinha como bandeira outrora "uma máquina capaz de digitalizar 2.400 páginas por hora".

 

Logotipo da Yoochai

Fundada em 2016, a Yoochai era dedicada à reserva de espaços de retalho a curto prazo (espaços pop-up). É um conceito de loja, ou evento, temporário que aparece e desaparece num curto espaço de tempo do local onde a viu.

Em 2019 a alemã Go-PopUp, a maior empresa do ramo na Europa, comprou-a.

 

Logotipo da Goody

Este caso cai fora das 10 empresas porque não é uma empresa de TI. No entanto muitos de vós com certeza recordam-se da BGamer ou MaxiConsolas.

Pois bem a editora destas publicações chama-se Goody e entrou em processo de insolvência em 2019. No Google Reviews é possível ver que muitos leitores ficaram sem reembolsos das suas assinaturas.

 

Balanço 2019

Com a abertura de muitos hubs tecnológicos em Portugal é natural que alguns deles também fechem. A lista de 2019 é o reflexo disso mesmo com os casos da Zalando e MyCujoo.

Quanto a startups portuguesas, de uma forma geral, 2019 foi mais estável que os anteriores. 2017 e 2018 destacaram-se pelo encerramento de algumas das principais startups do ecossistema nacional.

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