Categoria: Marketing

Como o posicionamento de marca atrai e retém o talento tecnológico

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A evolução constante da tecnologia, quer em software com o boom da Inteligência Artificial e Metaverso, quer em hardware com a evolução da IoT (Internet of Things), levou ao rubro a procura e retenção do melhor talento por parte das empresas tecnológicas.

O mercado está em plena competição e nenhuma quer ser apenas “mais uma”, todas querem ser “a tal”, ter um fator diferenciador forte. À partida, sobressair num mercado tão competitivo como este não parece tarefa fácil e é aqui que o posicionamento de marca assume um papel fundamental.

O meu posicionamento de marca no mercado

Todos sabemos que cada marca é única, mas porque importa posicioná-la no mercado?

Uma das melhores definições de marca que conheço é a de ser “o que dizem de ti, quando tu não estás na sala” e, tendo-a como referência, diria que o posicionamento de marca é como se determina essa mesma sala.

Por outras palavras, o posicionamento de marca é o espaço que a empresa quer ocupar no mercado, a forma como quer ser entendida. Trata-se da essência da marca, o que ela representa e a proposta de valor que faz aos candidatos.

Assim, a empresa consegue destacar-se da concorrência, construir relacionamentos mais fortes com esses candidatos e, claro, crescer.

O posicionamento certo atrai o talento tecnológico certo

Como já referi, o mercado tecnológico está ao rubro. As tecnológicas não só querem encontrar o talento, mas também evitar a “fuga” daquele que já têm, para outras empresas. Para que tal aconteça, destaco cinco pontos a ter em consideração para reter e atrair o melhor talento tecnológico:

1. Proposta de valor

Enquanto empresa tecnológica, é importante entender o que temos e que nos separa da concorrência. O que acrescentamos em valor? O que nos destaca? Uma característica de serviço? Sermos especialistas numa linguagem de programação? A nossa cultura empresarial? A experiência de utilizador do nosso produto é mais simples ou rápida?

Ao identificar esse valor, podemos desenhar e comunicar um posicionamento em que ele esteja incluído e levá-lo ao encontro das necessidades e desejos dos nossos candidatos. Desta forma, conseguimos identificar a nossa posição no mercado e afirmarmo-nos como “a tal” que além de procurar o talento tecnológico, também é procurada por ele.

2. Centrar no cliente

Todos temos consciência de que o posicionamento da nossa marca deve focar-se no que o nosso cliente deseja. Certo, mas como sabemos o que ele deseja?

Temos de o estudar através de pesquisas de mercado, como entrevistas, questionários, ou outros métodos, para que passemos a conhecê-lo melhor. Melhor do que ele se conhece a si próprio. Além disso, não basta entender as suas dificuldades e problemas, há que conhecer as suas motivações.

Porque nos escolheu a nós, dentro de toda a concorrência?

Igualmente importante é identificar e segmentar as nossas audiências. Muitos colegas podem até dizer para desenhar uma buyer persona - ou cliente ideal - eu diria que no mercado Português, esse desenho, apesar de ser um bom exercício, poderá não ter grandes consequências práticas, devido ao nosso tamanho como população. Somos poucos para ir à procura do tão específico assim. Audiências sim. Mapear todo o processo/jornada, identificando os pontos-chave nos quais podemos criar maior impacto com base nos problemas e motivações da audiência e onde procuram resolver esses problemas.

Entender as suas dores e aspirações permite-nos desenvolver um posicionamento de marca com que eles se identifiquem e que aumentará o seu envolvimento e lealdade com a marca. Um fator essencial quando se quer construir e evoluir no negócio, mantendo o avanço face à concorrência.

3. KISS: Keep It Simple, St*pid

Outro ponto que não nos podemos esquecer é definir um posicionamento claro e direto. A partir do momento em que o talento e, principalmente, os candidatos o percebam, facilmente conseguirão explicar em poucas palavras qual é o fator diferenciador da nossa marca e lembrá-la sempre.

Atenção, quando comunicamos nas redes sociais mais profissionais, como o LinkedIn, ou nos canais de comunicação mais específicos em IT, como é o caso português do Teamlyzer, não recomendo que se utilize a gíria e os termos técnicos.

Simplicidade não é sinónimo de simplismo e, na expetativa de nos afirmarmos como especialistas, corremos o risco de gerar fatores de distração e confundir o nosso utilizador / seguidor.

4. Consistência

Podemos pensar na marca como uma pessoa. Veste-se de maneiras diferentes para ocasiões diferentes, mas tem sempre a mesma postura, a mesma identidade. A personalidade é consistente, tal como a marca deve ser quando comunica em todos os canais de marketing em que está presente.

O mood deve ser transversal ao website, perfis das redes sociais, campanhas publicitárias e até reuniões de vendas, mantendo a consistência no tom de voz e elementos visuais. Tal como uma pessoa com caráter, esta consistência na comunicação ajuda a construir confiança entre os consumidores e reforça a identidade da nossa marca.

5. Controlo e otimização

Last, but not the least: nunca esquecer que o posicionamento de marca é um processo contínuo e não uma tarefa única. À semelhança do que acontece no mercado tecnológico, se estagnarmos tornamo-nos obsoletos e quem é obsoleto é esquecido.

Para nos mantermos relevantes e competitivos temos de controlar o posicionamento de marca que definimos, entender como o mercado está a responder às mensagens e ir ajustando-o às necessidades detetadas.

Para tal, é necessário a recolha de feedback, análise de dados e estar sempre à frente das tendências da indústria tecnológica e das preferências dos clientes.

Para concluir, todos queremos manter o melhor talento em casa e juntar-lhe a melhor equipa.

Um bom posicionamento de marca atrai esse talento e permite conseguir uma clara identificação dos valores e da marca. É ele que se afirma quando nos identificamos, atraímos quem melhor se identifica com a nossa posição e conseguimos manter-nos à frente da nossa concorrência.

A posição certa da marca conquista a primeira posição do mercado e é isso que quer para a sua empresa, não é?

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