Categoria: Entrevistas

Cocus: recrutamento onde o candidato disse “a realidade superou as expectativas”

Descobre como a COCUS criou um recrutamento onde a realidade superou a promessa, com base na transparência e confiança. Lições para empresas e candidatos.

A maioria dos processos de recrutamento acaba com alguém desiludido, ou o candidato descobre que foi enganado, ou a empresa percebe que contratou mal. Esta é a história de um processo onde o candidato disse, depois de começar: "A realidade superou o que me prometeram." A COCUS, através do seu serviço ProSource de recrutamento especializado, ajudou recentemente uma multinacional a contratar para um papel de gestão crucial na sua expansão em Portugal.

Para perceber o que fizeram de diferente neste processo e que lições podem ser aplicadas por outras empresas, conversámos com Alexandra Monteiro, Global Head of People da COCUS, uma pessoa que tem explorado e tem muita experiência na área de recrutamento e lidera esta abordagem centrada na confiança.

1. Uma multinacional procurou-vos para contratar alguém para liderar operações em Portugal. Conta-nos como começou.

Fomos contactados por uma multinacional alemã que estava a criar um hub tecnológico em Portugal e precisava de contratar um cargo de gestão fundamental para a operação local. Era um papel crítico, determinante para o crescimento e consolidação da empresa no mercado português. O contacto surgiu através de um colaborador nosso, o que demonstra bem a força do networking. O passa-palavra é uma das nossas forças de vendas na COCUS porque acreditamos genuinamente no valor da solução e no impacto que entregamos.

2. O candidato que colocaram disse que "a realidade superou o que foi prometido no recrutamento".É sempre bom exceder as expectativas. Como é que isso aconteceu?

Esse feedback foi particularmente gratificante porque confirma que entregamos mais do que expectativas. O processo foi conduzido de forma clara, com comunicação transparente e com um envolvimento genuíno da equipa desde o início. O candidato sentiu-se apoiado, respeitado e valorizado. Quando começou a desempenhar funções, percebeu que a realidade não só correspondia ao que lhe foi dito, como superava em vários aspetos. Isso mostra que a nossa abordagem cria confiança real e duradoura.

3. O que é que as empresas fazem nos processos de recrutamento que estraga logo tudo? Quais são os erros clássicos?

Os erros mais comuns estão ligados à falta de transparência, à ausência de comunicação e à desvalorização da experiência do candidato. Muitas vezes, as empresas olham apenas para as suas necessidades imediatas e esquecem que o recrutamento é também uma experiência para o candidato. Quando se cria uma expectativa que não corresponde à realidade, a confiança perde-se e o processo falha logo à partida.

4. Vocês falam em "comunicação contínua" com candidatos. Como é que isso funciona na prática? Pode dar um exemplo deste caso?

Para nós, comunicação contínua não é apenas enviar atualizações. É estar disponível para esclarecer dúvidas, dar feedback honesto e criar espaço para diálogo. No caso desta multinacional, partilhámos informação em cada fase, explicámos os critérios de decisão e fomos claros sobre os desafios que o candidato teria pela frente. Isso fez com que se sentisse sempre envolvido e seguro no processo.

5. Que tipo de informação partilham com os candidatos que normalmente fica escondida em outros processos de outras empresas?

No ProSource, acreditamos que a transparência gera compromisso. Partilhamos detalhes sobre a cultura, valores, visão estratégica, projetos em curso e expectativas a longo prazo. Não vendemos apenas um “sonho” - mostramos a realidade da oportunidade. Para isso, precisamos também de conhecer profundamente os nossos clientes e revermo-nos na sua cultura e visão. É por isso que não aceitamos qualquer cliente: queremos garantir que todos os envolvidos - cliente, candidato e COCUS - saem reforçados neste processo de confiança.

6. Como funciona o vosso "feedback transparente"? O que dizem aos candidatos quando são rejeitados? E quando avançam, como se processa?

O feedback transparente é simples: dizemos a verdade, com respeito. Quando um candidato não avança, explicamos os motivos e damos pistas para o seu desenvolvimento futuro. Quando avança, partilhamos de forma clara o que pode esperar, quais são os próximos passos e que fatores foram decisivos. Cada processo de recrutamento deve deixar uma marca positiva no candidato - mesmo quando não resulta numa contratação.

7. Mesmo sendo possível fazer tudo online, trazem candidatos ao escritório da empresa cliente. O que aconteceu nessa visita que fez diferença?

Sempre que possível, encorajamos uma visita ao escritório do cliente. No caso em questão, isso permitiu ao candidato sentir o ambiente, perceber a equipa em ação e vivenciar a cultura da empresa. Essas pequenas experiências presenciais ajudam substancialmente a cimentar a confiança e o ‘fit’ cultural - algo menos tangível em interações exclusivamente remotas.

8. Vocês envolvem pessoas da equipa onde o candidato vai trabalhar nas entrevistas. Neste caso específico, como é que isso funcionou e que diferença fez na decisão?

Essa visita permitiu ao candidato sentir o ambiente, observar a dinâmica da equipa e viver a cultura da empresa de perto. Esses momentos presenciais são fundamentais para confirmar o alinhamento cultural, algo que dificilmente se capta através de ecrãs. Foi nessa visita que ele percebeu, de forma tangível, o espírito colaborativo e o ambiente saudável da organização.

9. O candidato disse que sentiu "o espírito colaborativo da equipa" durante as entrevistas. Como é que isso se mostra antes de alguém começar a trabalhar?

Mostra-se na forma como a equipa comunica com abertura, como apresenta os desafios com realismo e como acolhe o candidato desde o primeiro contacto. Essa transparência cria uma perceção imediata de respeito e de apoio mútuo, o que antecipa uma integração muito mais natural e confiante.

10. Que conselho dá a candidatos que estão em entrevistas agora? O que devem procurar para saber se é um bom processo e uma boa empresa?

Procurem processos claros, onde haja comunicação contínua, feedback honesto e a oportunidade de conhecer a equipa e, se possível, o ambiente de trabalho. Um bom processo é aquele em que o candidato é tratado com respeito e transparência. No fundo, é avaliar se a promessa feita corresponde à realidade da empresa. Esse é o primeiro sinal de que se trata de uma boa oportunidade

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