Categoria: Entrevistas

Reskilling vs upskilling: o guia da Olisipo para profissionais de TI

Descobre como a Olisipo Learning forma profissionais de TI com +300 cursos e learning paths personalizados. Estratégias de carreira e reskilling em Portugal.

Com 31 anos de experiência no mercado, a Olisipo, empresa portuguesa líder em soluções de TI, destaca-se pelo seu firme compromisso com a formação e o desenvolvimento contínuo dos seus profissionais. Este investimento reflete-se na Olisipo Learning, a sua unidade dedicada que se tornou um pilar fundamental para o sucesso dos seus cerca de 800 colaboradores nos mais de 120 projetos tecnológicos que gerem para mais de 50 grandes clientes, desde a banca às telecomunicações.

A Olisipo Learning oferece uma vasta gama de mais de 300 cursos e certificações, abrangendo desde as tecnologias mais emergentes até competências de negócio cruciais. O portfólio inclui formações em áreas como Microsoft Azure, desenvolvimento de software (Java, Python), mobile, web & design (React, Vue.JS, MongoDB) e DevOps. Para garantir a relevância e a eficácia da aprendizagem, a Olisipo concebe Learning Paths, percursos formativos desenhados à medida que respondem diretamente aos desafios reais do mercado de trabalho.

Com um foco na progressão de carreira, a Olisipo Learning disponibiliza programas de reskilling para quem procura mudar de área e programas de upskilling para os profissionais que já atuam no setor e desejam aprofundar os seus conhecimentos. A qualidade e o reconhecimento da Olisipo Learning são atestados pela sua certificação DGERT e por um Learning Center dedicado, o que a posiciona como um dos principais parceiros de formação para empresas em Portugal, tendo formado mais de 1500 profissionais só no último ano.

Para compreender melhor como esta aposta na formação se materializa no dia a dia da Olisipo, conversamos hoje com Paula Peixoto, People & Culture Director da empresa.

1. Paula, a Olisipo tem uma filosofia clara: o futuro é de quem aprende. Como é que esta visão se traduz, na prática, no vosso trabalho com mais de 800 profissionais de TI?

Na Olisipo acreditamos que a aprendizagem contínua não é apenas um objetivo. É parte do nosso ADN. Temos vindo a construir uma cultura onde o crescimento individual é visto como uma prioridade coletiva. Isso reflete-se no nosso compromisso diário com a formação: mais de 300 cursos disponíveis, percursos personalizados de aprendizagem e, acima de tudo, um acompanhamento próximo de cada pessoa.

Cada colaborador tem um Team Leader desde o primeiro dia e é com essa relação de confiança que vamos percebendo, ao longo do tempo, quais os interesses, ambições e até inseguranças de cada um. E é a partir daí que construímos os percursos de evolução. Aprender, na Olisipo, é um caminho feito a dois.

2. Com 31 anos de mercado, certamente viram muitas mudanças na área tecnológica. Qual é hoje a maior diferença entre formar um profissional de TI em 2025 versus há 10 anos?

A velocidade. Hoje, a mudança é constante e obriga-nos a ter um olhar mais ágil e personalizado sobre cada percurso de aprendizagem. Há 10 anos, formar um profissional podia ser um plano de médio prazo. Hoje, precisamos de garantir que, no curto prazo, estamos a ajustar o que oferecemos aos desafios reais do mercado e aos interesses de cada pessoa.

Temos também uma maior consciência sobre o papel do acompanhamento humano nesse processo. Não basta oferecer formações. É preciso escutar, orientar e criar um ambiente onde as pessoas se sintam seguras para aprender, errar e crescer.

3. Muitos profissionais de outras áreas querem mudar para TI mas têm receio de 'não conseguir acompanhar'. Como é que os vossos programas formativos ajudam a superar estes medos e dificuldades iniciais?

Sabemos que mudar de área é, muitas vezes, um salto com mais perguntas do que respostas. Por isso, os nossos programas de reskilling foram pensados para acolher, com proximidade, quem está nesse momento de transição.

Acompanhamos cada pessoa desde o início com um plano claro e apoio contínuo, tanto do ponto de vista técnico como humano. Temos Learning Paths adaptados, formadores com experiência de mercado e, acima de tudo, uma rede de suporte que permite que ninguém se sinta sozinho neste processo.

Aprender algo novo é sempre desafiante, mas quando existe confiança, estrutura e empatia, o medo dá lugar à motivação. Esta abordagem também tem sido uma forma eficaz de atrair talento de outras áreas técnicas ou científicas, que encontram na Olisipo um espaço para recomeçar com segurança e estrutura.

4. Os vossos learning paths prometem ser personalizados. Na prática, como é que fazem a ponte entre os objetivos da empresa e as ambições individuais de cada profissional?

Fazemos essa ponte com escuta e flexibilidade. Cada colaborador é acompanhado por um Team Leader que conhece bem os seus objetivos e isso permite-nos alinhar expectativas e identificar oportunidades de crescimento dentro dos projetos em que estamos envolvidos. Estes percursos são co-criados entre o colaborador e o Team Leader, permitindo alinhar o que cada pessoa deseja com o que cada projeto precisa.

Por outro lado, os nossos percursos formativos não são rígidos. São adaptáveis. Sabemos que, para um profissional se manter motivado, é fundamental sentir que está a evoluir na direção certa. E isso implica dar espaço à ambição individual, mesmo quando ela nos obriga a repensar caminhos ou desafiar rotinas.

5. Que papel tem a tecnologia e o acompanhamento individual na definição dos percursos de evolução dos vossos profissionais?

A tecnologia ajuda-nos a estruturar, medir e acompanhar o progresso. Mas é o lado humano que faz a diferença. O acompanhamento individual permite-nos ir além dos dados e perceber o que realmente move cada pessoa.

Utilizamos ferramentas que nos ajudam a mapear competências, sugerir formações e antecipar necessidades. Mas não abdicamos da conversa regular, do feedback personalizado e da presença de alguém que conheça bem o percurso e o contexto de cada colaborador.

Mais do que formar profissionais, queremos cultivar trajetos de evolução que façam sentido para quem os percorre.

6. Olhando para o futuro próximo, que competências emergentes acham que vão ser fundamentais para os profissionais de TI se manterem relevantes nos próximos 3-5 anos?

Estamos a assistir a uma rápida transformação nas competências mais valorizadas no setor. Claro que as áreas técnicas como Inteligência Artificial, Cibersegurança, Cloud ou Data continuam a crescer, mas há algo mais profundo a acontecer. Começa a haver uma valorização crescente das soft skills e da capacidade de adaptação.

Na Olisipo, acreditamos que a combinação entre conhecimento técnico sólido e competências humanas, como a empatia, a comunicação ou a capacidade de colaboração, será determinante para os próximos anos. Afinal, a tecnologia evolui, mas continua a ser feita por pessoas. E é aí que está a verdadeira vantagem competitiva.

7. Qual é o erro mais comum que veem developers a cometer quando planeiam a sua evolução de carreira, e como podem evitá-lo?

Um dos erros mais frequentes é pensar que a evolução é apenas uma questão técnica. Muitos developers concentram-se em acumular novas linguagens, frameworks ou certificações. O que é importante, claro, mas esquecem-se de olhar para o todo.

O crescimento sustentável acontece quando existe uma visão clara do caminho, mas também abertura para ouvir feedback, disponibilidade para trabalhar em equipa e capacidade de fazer escolhas conscientes sobre o tipo de projetos em que querem estar envolvidos.

Na Olisipo, temos aprendido que um bom plano de carreira é aquele que equilibra ambição com sentido. E isso só se constrói com acompanhamento e reflexão.

8. Sabemos que para developers o essencial são as competências técnicas. Mas competências como gestão de equipas, apresentação de projetos ou resolução de conflitos - qual destas faz mais diferença na progressão de carreira na vossa opinião?

Todas essas competências têm impacto, mas se tivermos de destacar uma, diríamos a capacidade de comunicação. Saber apresentar uma ideia, alinhar expetativas com clientes ou resolver um conflito de forma construtiva pode ser decisivo na progressão de um profissional.

Aliás, é muitas vezes esse tipo de competência que permite a transição de um papel mais técnico para funções de liderança ou de maior responsabilidade. Na Olisipo, temos vindo a apostar na formação nestas áreas precisamente porque sabemos que, para além do código, são estas capacidades que abrem novas portas.

9. Como é que transformam a formação numa parte natural do dia a dia, para ser vista como uma oportunidade e não como 'trabalho extra'?

O segredo está em integrar a formação no ritmo natural da vida profissional. Sem forçar, mas também sem deixar ao acaso. Na Olisipo, procuramos oferecer flexibilidade: os colaboradores podem escolher o que querem aprender e quando o querem fazer.

Além disso, o facto de cada colaborador ter um Team Leader que conhece o seu percurso e o contexto do projeto onde está, ajuda-nos a recomendar formações que sejam mesmo relevantes para o momento que está a viver. A formação deixa de ser uma tarefa isolada e passa a ser parte do percurso. E isso faz toda a diferença. Na Olisipo, olhamos para a formação como um direito dos nossos colaboradores, não como um benefício opcional. É um compromisso com o seu crescimento e com a sua autonomia.

10. Sabemos que os vossos colaboradores valorizam muito a formação. Que papel tem a aprendizagem contínua na construção deste ambiente positivo?

Tem um papel central. Sentir que se está a crescer, que há espaço para evoluir e que o nosso desenvolvimento é uma prioridade da empresa tem um impacto profundo no bem-estar e no sentido de pertença.

Mas mais do que os cursos ou certificações, o que valoriza o ambiente que temos é a relação. Saber que há alguém atento, disponível, que conhece o nosso caminho e nos ajuda a pensar nos próximos passos é algo que não se compra. Constrói-se com tempo, com escuta e com cuidado.

11. Para terminar, Paula: um profissional de TI que nos está a ouvir e quer começar a investir seriamente na sua evolução - qual é o primeiro passo concreto que deve dar?

O primeiro passo é parar para escutar-se. Entender o que quer, o que o move, onde sente curiosidade ou desconforto. Depois, procurar um parceiro, seja um mentor, um Team Leader ou mesmo um colega que possa ajudar a transformar essa reflexão num plano concreto.

Na Olisipo, começamos muitas vezes assim: com uma conversa. Porque antes da tecnologia, estão as pessoas. E é ao cuidar delas que conseguimos criar percursos de crescimento que realmente fazem sentido.

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