Da universidade à VWDS: a trajetória de uma engenheira em ascensão
Filipa Neto, júnior na VWDS, partilha o seu percurso de carreira, a dinâmica do programa de trainee da VW e os desafios técnicos enfrentados.
Da dissertação de mestrado para o desenvolvimento full-stack, Filipa Neto trocou os bancos da FCT NOVA pelo Software Development Center da Volkswagen Digital Solutions. A engenheira informática partilha a sua experiência no programa júnior da empresa, onde desenvolve soluções com Python e React, enquanto investe na certificação AWS Cloud.
#1. O que te motivou a escolher a área de desenvolvimento de software?
Desde muito nova, sempre me senti fascinada pelo mundo das tecnologias e pela forma como pequenas ideias podem transformar-se em soluções que moldam o nosso dia a dia. A lógica por trás dos processos, a criação de sistemas eficientes, e a capacidade de dar vida a algo a partir de linhas de código sempre me cativaram imenso.
Cresci rodeada pelo ambiente de engenharia, com ambos os meus pais a partilharem o seu entusiasmo por esta área, o que despertou ainda mais a minha curiosidade. Escolher esta área de desenvolvimento de software foi uma decisão natural, porque vejo nesta área, não apenas uma carreira, mas uma forma de resolver problemas complexos com criatividade e contribuir para um futuro mais tecnológico e inovador.
#2. Como foi a tua experiência académica e que tipo de formação, como cursos ou certificações, tens na área?
A minha experiência académica foi passada na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, na Caparica, onde escolhi seguir o curso de Engenharia Informática. O ambiente de colaboração, entreajuda, e energia positiva entre colegas e professores contribuíram de forma significativa para o meu desenvolvimento e crescimento. Completei a minha licenciatura nesta instituição, e embora ainda me encontre a terminar a minha dissertação de mestrado, sinto que fui bem preparada para o mundo profissional.
Atualmente, graças às oportunidades proporcionadas pela VW Digital Solutions, estou a aprofundar os meus conhecimentos em computação em cloud com um curso de AWS, com o objetivo de obter a certificação de Cloud Practitioner. Este investimento em aprendizagem é algo que considero essencial para acompanhar a evolução da tecnologia e enriquecer as minhas competências, em contínuo, pois o mundo digital está em constante desenvolvimento.
Sinto que a VWDS promove ativamente estas oportunidades de desenvolvimento pessoal, proporcionando um ambiente que valoriza e incentiva o crescimento contínuo dos seus trabalhadores.
#3. O que te levou a candidatar-te ao Junior Program na VW Digital Solutions e quais eram as tuas expectativas?
Quando comecei a desenvolver a minha dissertação de mestrado, cruzei-me com a oportunidade de me candidatar ao Junior Program da VW Digital Solutions. Pareceu-me de imediato uma oportunidade única, numa empresa jovem e culturalmente diversificada. Houve outros possíveis caminhos a seguir, mas soube que me encaixava na perfeição na VWDS quando vim à entrevista presencial e tive o privilégio de conhecer pessoas incríveis e visitar o escritório da SDC (Software Development Center, uma das Tech Units da VWDS), onde posteriormente fui inserida.
As minhas expectativas eram altas, dado que durante a minha experiência de recrutamento fui muito bem acompanhada, e consegui perceber que a empresa, para além de ter um espírito jovem, era muito focada no bem-estar dos seus trabalhadores. Mesmo assim, a realidade excedeu as expectativas. O que eu poderia conceber como uma experiência de trabalho positiva foi completamente atingido e superado.
#4. Como descreves o processo de integração do Junior Program e o quão importante foi para a tua adaptação?
O processo de integração do Junior Program foi muito bem estruturado e desempenhou um papel crucial na minha adaptação ao ambiente profissional. O seu objetivo de introduzir pessoas com pouca ou nenhuma experiência profissional ao mundo real do desenvolvimento de software foi alcançado com sucesso. Os desafios apresentados, desde questões mais técnicas a negociações com Stakeholders, proporcionaram-nos uma visão abrangente do que podíamos esperar ao integrar uma equipa de desenvolvimento de software. Esta experiência prática foi fundamental para nos preparar para a dinâmica da empresa e exigências do mercado.
#5. Como foi o teu processo de onboarding na VWDS? Que tipo de suporte recebeste dos teus mentores e colegas durante esta fase?
O meu processo de onboarding na VWDS foi extremamente positivo. Desde o primeiro dia, senti-me acolhida por uma equipa simpática e prestável, que garantiu que nunca me sentisse sozinha ou perdida. Tanto o meu mentor quanto os meus colegas desempenharam um papel essencial na minha adaptação, ajudando-me nos primeiros passos com as tecnologias e a familiarizar-me com o fluxo de trabalho. O suporte que recebi foi constante e personalizado, o que tornou a transição muito mais suave e permitiu integrar-me rapidamente e com confiança na equipa.
#6. Que novas skills aprendeste durante o programa de formação? Podes dar exemplos?
Durante o programa de formação, desenvolvi um conjunto diversificado de novas competências, tanto a nível de soft skills como de competências técnicas. Aprendi a interagir de forma eficaz com o negócio, a interpretar corretamente as necessidades e requisitos dos stakeholders, e a gerir expectativas, assegurando clareza sobre o que era possível entregar dentro dos prazos e limitações.
No lado técnico, o principal desafio foi construir uma aplicação full-stack, onde utilizei Python com Flask no backend e Typescript com React no frontend. Esta experiência não só reforçou o meu conhecimento das tecnologias, como também me ajudou a compreender melhor todo o ciclo de desenvolvimento de software, desde a sua conceção à entrega final.
#7. Como é a dinâmica de trabalho numa equipa tech da VWDS? Podes descrever um dia típico na tua rotina?
A dinâmica de trabalho numa equipa tech da VWDS é bastante colaborativa e organizada, com foco na comunicação e alinhamento entre os membros da equipa. Um dia típico na minha rotina começa com a nossa daily meeting, uma reunião de 15 minutos onde cada membro da equipa partilha e descreve o que tenciona desenvolver/focar-se no dia.
Após esta reunião, podem ocorrer outras reuniões ao longo da manhã, variando entre sessões para refinar novas tarefas recentemente introduzidas no fluxo de trabalho ou discussões técnicas para alinhar decisões de desenvolvimento.
Depois das reuniões, foco-me no desenvolvimento das tarefas atribuídas. Este desenvolvimento pode ser realizado tanto individualmente como em colaboração com outro developer, especialmente se se tratar de uma tarefa mais complexa ou que exija a tomada de decisões técnicas importantes. Esta abordagem flexível permite não só resolver desafios com maior dinâmica, mas também promove o crescimento e a partilha de conhecimento dentro da equipa.
#8. O que te surpreendeu mais sobre trabalhar na VWDS, comparado com as tuas expectativas iniciais?
O que mais me surpreendeu ao trabalhar na VWDS foi, sem dúvida, o ambiente de entreajuda e colaboração constantes. Desde o início, percebi que a empresa valoriza genuinamente o bem-estar dos seus trabalhadores, o que superou as minhas expectativas iniciais. Existe um esforço constante para garantir que o ambiente de trabalho seja saudável e equilibrado, criando as melhores condições para um "9 to 5" produtivo e agradável.
A VWDS promove uma cultura em que qualquer pessoa se sente apoiada, tanto no crescimento profissional como no desenvolvimento pessoal, algo que fez toda a diferença na minha experiência até agora.
#9. Que conselhos práticos darias a outros juniores que estão a considerar concorrer a uma posição na VWDS?
O meu conselho seria: "Venham, sem hesitar!" Se estás realmente interessado em desenvolvimento de software e disposto a aprender, vais encontrar na VWDS o ambiente ideal para crescer. Vem com uma atitude positiva e curiosidade, porque os dias vão passar a voar quando te rodeias de desafios que te apaixonam. O ambiente de aprendizagem aqui é incrível, especialmente para juniores.
A VWDS oferece-te, não só a oportunidade de evoluir tecnicamente, mas também de crescer a nível pessoal, com o desenvolvimento de soft skills essenciais para a tua carreira. É uma experiência que vale muito a pena!
#10. Se pudesses voltar no tempo, que dica darias a alguém que está a começar na área, especialmente sobre o que gostavas que te tivessem dito?
Dado que sou uma pessoa que lida com alguma ansiedade, que às vezes sofre do chamado “Síndrome de Impostor”, e sei que não sou a única, o que eu gostava que me tivessem dito é simplesmente: “se estás aqui, é porque tens valor”. Acredita em ti e nas tuas capacidades, e mantem a tua paixão por aprender coisas novas e curiosidade para explorar novas ideias, isso basta para cresceres nesta área.
Os conceitos evoluem, e as tecnologias também, mas o que realmente perdura é o nosso pensamento lógico, a nossa capacidade de adaptação e a nossa resiliência. Gostava que me tivessem dito isso desde o início, porque muitas vezes subestimamos o que somos capazes de alcançar. O sucesso nesta área vem da dedicação e do compromisso em continuar a crescer, e isso é tudo o que precisas.